Sábado foi a nossa primeira reunião de pais na escola nova, é tudo tão diferente.
Não é pior, não é melhor ...é diferente e por muitos momentos eu tive vontade de chorar, tive vontade de falar alto.
Vou contar en outros post a experiência da escola nova, mas queria contar que a diretora começou a reunião lendo para os pais este texto que eu achei marvilhoso e me fez ter esperança.
Quando uma mulher, de certa tribo da África, sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres e juntas rezam e meditam até que aparece a “canção da criança”.
Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam a sua canção.
Logo, quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe cantam sua canção. Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta. Quando chega o momento do seu casamento a pessoa escuta a sua canção.
Finalmente, quando sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, igual como em seu nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-lo na "viagem".
Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os homens cantam a canção.
Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, o levam até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor.
Então lhe cantam a sua canção.
A tribo reconhece que a correção para as condutas anti-sociais não é o castigo; é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.
Quando reconhecemos nossa própria canção já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém.
Teus amigos conhecem a "tua canção" e a cantam quando a esqueces.
Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes as escuras imagens que mostras aos demais.
Eles recordam tua beleza quando te sentes feio e tua totalidade quando estás quebrado; tua inocência quando te sentes culpado e teu propósito quando estás confuso.
Tolba Phanem Poetisa africana
14 fevereiro 2011
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